sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Parte 2...

http://www.youtube.com/watch?v=Gwqe67KbWe8

para verem o Fx de Cima...:)

Parte 2..

...agarrei no rádio e comuniquei a minha "avaria", por sorte nesse dia estava a voar tb o meu antigo, e sempre presente amigo, instrutor de parapente Bezugo, que prontamente tratou de acalmar a minha voz que já tremia (pois é os grandes tb choram): "calma...deixa sair da montanha, agora olha para cima e resolve!" olhei novamente para cima, agarrei nos cabos e puxei-os para mim, a asa fechou do lado direito e abriu, perdi mais altitude e virei mesmo contra a montanha já por cima do vale...mas o nó ainda estava lá, agora mais apertado que nunca. Corrigi novamente com o manipulo esquerdo (a unica coisa que tinha para virar a asinha...) perdi ainda mais altitude...estava dentro do cú de judas e com um grande problema. A voz do Bezugo começa a se fazer ouvir no rádio: "Esquerda!! Esquerda! Esquerda! esquerda!!".

resolvi esquecer o nó, estabilizar e deixar voar em direcção ao funchal...mas com a asa assim travada as coisas estavam no mau caminho. É tipo estar a andar de carro com o travao de mão puxado.

Cada vez descia mais, e a praia do funchal cada vez mais longe, progredia mto pouco, pelo menos já tinha deixado o vale para trás. começei a procurar um sitio para aterrar (ou melhor me despenhar), mas só via arvores enormes e algumas casas. quando cheguei ao hospital velho (fica a +/-800 m de altitude) vi uma quinta antiga com os quintais limpos, andava lá uma escavadora a destruir aquilo tudo deixando uma pista com uns 50 m de comprimento, só tinha de conseguir passar alguns cabos de média tensão, com um só manobrador. é como ter pedais no carro e nao ter volante...peguei no rádio e comuniquei para todos: "ok pessoal tenho de tomar uma decisão agora, vou aterrar neste terreno". J.A. um bom amigo e companheiro de voo, permaneceu ao meu lado, e respondeu: "ok M., sei onde é, dê por onde der aterra e boa sorte".

Comecei a tentar manobrar com o corpo para fazer a aproximação, mas quando tentei fazê-lo aconteceu uma coisa porreira, começei a subir numa pequena térmica que por acso estava ali naquele sítio. Mal senti ganhar altitude tomei novamente a rota do funchal...tinha adiado a aterragem de emergencia...ia agora tentar chegar ao primeiro local seguro de aterragem já dentro do Funchal, o Jardim do Hinton, aquilo é apertado e rodeado de prédios, mas pelo menos já nao existiam cabos de tensão. A Gradient embora afectada pelo problema mostrava-se muito segura e estável, estava a cumprir com uma das sua principais características. A segurança em voo.

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Pânico a Bordo da Gradient Bright

Pois é caros amigos.
escrevo para vos contar do pânico sofrido a bordo da minha (mais que tudo) asa de parapente de fabrico checo muito bem afamado.
tudo começou numa bela tarde de sábado onde combinamos todos (ao todo 12 parapentistas) ir no dia seguinte, bem de manhã, à descolagem do Chão da Lagoa (onde o alberto faz a festa para gozar com os do "contenente"). Pois bem, assim foi...a dita cuja situa-se a 1.400 m de altitude, perfeitamente voltada a Sul, com uma inclinação quase perfeita para descolar. é um voo de aproximadamente 7km, sempre feito por cima dos vales rasgados das serras da cidade do funchal (alguns bem profundos e com cabos de alta tensão pelo meio). Se bem executado, sem mtas aventuras, é considerado um voo fácil, pois em dias bons chega-se à aterragem com uns belos 800m de altitude (dá para passear por cima da cidade na boa). tudo isto até agora é belo...

desarrumei a asa como sempre, com aquele ritual de quem executa uma tarefa rotineira, mas séria, pois à que fazer as necessárias verificações para que tudo corra bem (è a segurança no trabalho!!) e afinal o homem nao foi feito para voar e depende do seu mto caro equipamento. Executei um pré inflado para ver se tudo estava em condições com a asa, ela subia bem e todos os cabos estavam OK. voltei a por a mulher checa no chão. esperei por uma brisa...levantei a asa novamente...comecei a correr e já pelo caminho a descer (uns bons 15m depois) senti que a trajectória da asa nao era direita...nada de especial ela puxava um pco para a minha direita...corrigi com o manipulo esquerdo carreguei o corpo para a frente e já estava a voar 1400m ao lado de um dos vales mais profundos do funchal.

deixei-me sair da encosta...sentei-me no arnês (é tipo cockpit) e aliviei os manobradores e deixei a asa voar...até agora tudo OK..tudo funcionava perfeitamente nos primeiros segundos de voo...quando...a checa por vontade propria começa a virar com mta..mta força para o lado direito...voltei a cabeça para cima e vi os cabos do travão direito todos amarrados às tiras de suspensão da asa...ou seja...acabava de perder o controlo sobre uma asa que me puxava contra uma direcção onde nem os passaros gostam de ir...o coração disparou e o semi-desespero instalou-se...

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Estou sériamente tentada...

... a convocar a malta para a Latada 2008!

Alguém alinha?

Estou a mesmo a precisar de litradas!